quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ruídos

       De tarde ficam as empregadas. Avisa o patrao que hoje almoça fora...

       Comida sagrada a servir. Temperos e ervas exalando aos comodos vazios.
       Nao era mais de esperar. Porque esperar cansa. Já era natural uma deitada apos a refeiçao. Descanso pleno, pequeno.
       Ouvia o barulho de um motor. Movimentava seu pensamento, gerando mais movimento. Hora era de voltar..
       De tarde era amiga dos vidros. Esfregava os, limpando sobre movimentos arredondados. Sua mente estava fixa, devotada no serviço e no resultado . Vinha o chao. Dava mais brilho com um toque sincero.  Jogava ainda alguma essencia no ar que combinava com sua satisfaçao interna.
O trabalho fazia diferença. Em sua vida, seu ego, sua paz...
      Entardecer..  alma em sacrifício. Dor gostosa de sentir. Satisfaçao ao deitar no divã e fechar os olhos..

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