quinta-feira, 31 de maio de 2012

luz


Desde que fui livre pra pensar, obtive mais clareza da minha prisão. Estava algemado, impedido de deslocar. A prisão era viva,estava lá. Quanto mais eu aceitava mais preso eu ficava. Mesmo sem me mover, ainda tinha armas para trocar de posição. Podia voar. Voar tão alto ao ponto de acreditar que estava livre

Claridade passageira, hora vinha, hora ia. Esforçava as vezes para mante-la junta de mim. Levantava a mão para busca –la mas o vento agora empurrava-a para longe. Assim como empurra uma folha quando cai. Quando chegava perto, devagar escapava, preguiçosa... constante...

Até entender o espaço desse vem e vai foi um loucura. . Havia um espaço entre os passos, onde pude compreender quando senti a alma dolorida...